Vagueia em mim uma tempestade incessante, risos, choros, sim e não.
Sou e não sou em um mesmo tempo.
Vou e volto pela estrada conhecida.
Sou e não sou em um mesmo tempo.
Vou e volto pela estrada conhecida.
Encontro-me quando de mim fujo.
A consciência apaga.
A consciência apaga.
A inconsciência acende. Silêncio!!!
O silêncio de anos invoca a força da voz e brado.
Brado em vão.
Não importa, não serei omissa: olho o teclado e disparo a artilharia.
Estou certa de que algum vento desviará os meus gritos para onde quero... para lá... longe, onde nem posso chegar.
O que se faz quando o coração se agita, as mãos esfriam, a saudade aperta e o medo cresce? Gosto de reservar-me no recolhimento das clausuras.
Estanco a corda do relógio e desconheço o mês, o dia, as horas.
Basta-me o pensamento voando até...
Devaneios... sobram-me devaneios nesta noite que se arrasta, mas é tarde.
by Sue Ellen Silva
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